São Paulo e o Novo Normal
Ricardo Barros Sayeg
Os eventos climáticos da última sexta-feira, 3 de novembro, que envolveram uma enorme tempestade com ventos de mais de 100 km por hora em vários bairros da maior metrópole brasileira serão cada vez mais comuns por essas bandas e por outras regiões do país. Em São Paulo, no ABCD e, em várias outras cidades do interior paulista, tivemos a queda de centenas de árvores e a interrupção do fornecimento de energia, água e do sistema de internet.
A desigualdade acentuou o impacto da tempestade, realçando a necessidade de priorizar a assistência às comunidades vulneráveis. Isso envolve a restauração de energia, a provisão de abrigo, alimentos, água potável, cuidados médicos, sistemas de monitoramento, prevenção, alerta e, em casos extremos, a consideração de medidas de reassentamento. Além disso, é fundamental trabalhar na redução da desigualdade urbana e promover um planejamento inclusivo, que leve em consideração áreas de risco, bem como medidas de adaptação e mitigação, como a criação de áreas verdes e a construção de infraestrutura resistente.
São Paulo, como a maior cidade do país, possui recursos econômicos e financeiros para liderar o debate sobre sustentabilidade e mudanças climáticas, dependendo apenas do empenho e da vontade política de seus governantes.
Torna-se necessário que as autoridades municipais, estaduais e federais ajam de forma eficaz e coordenada, tanto na recuperação das áreas afetadas quanto na implementação de estratégias de longo prazo para proteger a cidade de futuros eventos climáticos extremos.
Se não tomarmos medidas imediatamente, iremos sofrer ainda mais num futuro bem próximo.
Chuva e ventos fortes derrubam árvores na região do Jardim Lar São Paulo, na zona sul da capital paulista.
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