GENOCÍDIO BRASILEIRO: OS YANOMAMI
Ricardo Barros Sayeg
Nesta semana as imagens de crianças e adultos yanomami subnutridos e sem acesso a um cuidado mínimo de saúde básica me chocaram muito.
Nela se vêem crianças e adultos raquíticos, com ossos à mostra, olhos tristes, sem esperança.
Suas terras invadidas por garimpeiros que agem ilegalmente, pondo fogo e devastando a mata nativa, envenenando seus rios e peixes com mercúrio, entre outras atrocidades contra um povo indefeso.
O desgoverno de Jair Bolsonaro contribuiu para isso flexibilizando as leis ambientais, não aplicando multas a crimes notórios e fazendo vistas grossas àqueles que exploravam implacavelmente as reservas nativas. Um ministro do Meio Ambiente (Ricardo Salles) que teve a cara de pau de dispensar um delegado da Polícia Federal que quis punir os responsáveis pelo maior tráfico de madeira já realizado e foi até a região tentar impedir a apreensão!
Uma ministra dos Direitos Humanos e da Mulher (Damares Alves) que fez tudo para não defender as minorias, tentou implantar uma pauta retrógrada na sua pasta e não moveu um dedo para proteger os povos nativos da floresta da sanha de madeireiros, garimpeiros ilegais e toda corja de gente que agia na ilegalidade.
Esse é o país que recebemos depois desses quatro anos desse desgoverno e que culminaram com os atos terroristas de 8 de janeiro último em Brasília.
As imagens, as provas estão aí. Só não enxerga quem não quer ver.
Jamais podemos nos esquecer desses tempos sombrios que marcaram a recente história do Brasil. Não podemos permitir a volta desses fascistas ao poder num futuro próximo.
Os democratas devem ficar sempre atentos e alertas. Afinal como afirmou o escritor e dramaturgo Bertold Brecht:
"A cadela do fascismo está sempre no cio."
8 anos e 12 quilos, a criança com malária e desnutrição que simboliza o descaso com os Yanomami no Brasil
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