AMAZÔNIA
Ricardo Barros Sayeg
Fui para o Amazonas pela última vez em 2013. Naquela época fiquei encantado com a imensidão e a riqueza da floresta, mas também assustado com as queimadas e a devastação, que pude observar do próprio avião.
Fiquei hospedados num hotel no centro de Manaus e, no mesmo dia, fui visitar o teatro Manaus. Percorri o teatro com um sentimento de admiração, mas também de um certo remorso histórico. O teatro foi construído na época dos seringais, onde o látex era uma matéria prima fundamental para a indústria automobilística. Os exploradores chegavam a enviar suas roupas para serem lavadas na Europa. Nos anos 1920, Manaus vivia seu explendor!
Mas o que me encantou mesmo foi uma viagem ao interior da floresta. É como se você voltasse para o útero materno: o silêncio da mata, a vegetação, as águas. É como se a floreta te abraçasse e reduzisse você a uma pequena parte da natureza.
Quando vi a vitória regia, novo encantamento: uma planta gigantesca no coração da floresta. Os animais e as aves são fantásticos, únicos e só existem por lá.
O encontro das águas, dos rios Negro e Solimões, próximo a Manaus é algo incrível!
Quando você viaja para a Amazônia você volta modificado, renovado.
Não há sentido nenhum na devastação que hoje ocorre na região. As áreas transformadas em pastos duram muito pouco tempo devido à pobreza do solo. As transformadas para agricultura também não possuem boa produtividade e alteram o clima para o agronegócio responsável.
Estima-se que com a destruição da Amazônia, a região viraria uma espécie de cerrado, alteraria o clima de diversas regiões do mundo e a temperatura aumentaria de 2 a 4 graus no planeta.
Seria o início do fim da nossa espécie e de várias outras que habitam esse lindo planeta azul!
Vamos lutar para a proteção da Amazônia. Para o nosso bem e o das futuras gerações!
Vitória Régia: vegetação típica da Amazônia
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