O MEIO AMBIENTE E O GOVERNO LULA
Ricardo Barros Sayeg
São vários os desafios que o governo Lula deverá enfrentar em relação ao meio ambiente. No governo Bolsonaro houve um desmantelamento da política ambiental e diminuição da fiscalização de crimes ambientais por órgãos de fiscalização que foram desmontados durante a atual gestão. Houve também o aumento no desmatamento por três anos consecutivos, recorde de queimadas no Pantanal e na Amazônia, aumento na emissão de gases de efeito estufa, devastação ligada à grilagem de terras, crescimento das invasões de terras indígenas por garimpeiros e madeireiros, paralisação do Fundo Amazônia e aumento na liberação de agrotóxicos.
Na avaliação de diversas entidades e especialistas, o novo governo deverá: conter o desmatamento e as queimadas; rever programas de gestão das Unidades de Conservação, eliminar a grilagem de terras públicas; atuar nas terras indígenas, garantindo a demarcação dos territórios; reativar o Fundo Amazônia, financiado pela Noruega, Alemanha e Petrobrás, colocar em atividade e o PPCDAm/PPCerrado; reestruturar os órgãos ambientais, conter o aumento nos gases de efeito estufa e regular o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões e rever os atos de comando e controle e de conversão de multas ambientais.
Sem dúvida, uma tarefa hercúlea. Mas o futuro governo deverá tomar essas medidas se quiser ser reconhecido internacionalmente como protagonista na questão da preservação ambiental e na mudança climática.
O Brasil ainda poderá ser uma potência ambiental e entre as grandes economias do mundo e o único país que pode se tornar Carbono negativo até 2045.
Caberá ao futuro governo tomar atitudes rápidas e eficientes nesse sentido.
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