VLADO E A DEMOCRACIA
Ricardo Barros Sayeg
Vladimir Herzog nasceu Vlado, na Croácia, em 1937. Como acreditava que seu nome não soava bem em português resolveu adotar Vladimir.
Estudou Filosofia na Universidade de São Paulo e iniciou sua carreira jornalística no jornal O Estado de São Paulo.
Herzog começou a trabalhar na TV em 1963 e dois anos depois foi contratado pelo Serviço Brasileiro da BBC. Em Londres nasceram seus dois filhos, Ivo e André, frutos do casamento com Clarice Herzog.
Em 1968, retornou ao Brasil. Trabalhou na revista Visão por cinco anos e foi professor de telejornalismo na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e na Escola de Comunicações e Artes (ECA), da USP. Em 1975, Vladimir Herzog foi escolhido pelo secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin, para dirigir o jornalismo da TV Cultura.
No dia 24 de outubro do mesmo ano, foi chamado para prestar esclarecimentos na sede do DOI-Codi sobre suas supostas ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Sofreu torturas e, no dia seguinte, foi morto.
Seu corpo foi encontrado numa cela daquele órgão do Exército como se tivesse se enforcado com um cinto, numa simulação feita pelos próprios militares.
A data de 25 de outubro foi escolhida então como o Dia Nacional da Democracia em memória a Vladimir Herzog.
Nesses tempos sombrios em que vivemos, a história de Vladimir Herzog jamais deve ser esquecida.
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