GUERRAS RELIGIOSAS NO BRASIL?
É muito triste ver que nesse momento, por parte de alguns setores do atual governo, há um incentivo a conflitos religiosos no Brasil. A primeira dama Michelle Bolsonaro não perde oportunidade, durante seus discursos de apoio ao marido, de exaltá-lo como o escolhido de Deus. Aquele que foi ungido para salvar o Brasil da esquerda nefasta. E seu público se encontra entre um grupo de evangélicos fanáticos, sem senso crítico, utilizados como massa de manobra por seus pastores.
Isso nunca havia acontecido antes na história da nação brasileira. Nosso país, com raras excessões, sempre foi caracterizado pela tolerância religiosa e pelo respeito às diferenças.
O principal alvo daqueles que apóiam o governo são os fiéis de religiões de matrizes africanas como a Umbanda e o Candomblé que sequer são consideradas religiões por aqueles que seguem pastores fanatizados, Michelle, Jair Bolsonaro e parte de seu grupo de apoiadores.
No decorrer da história tivemos diversas guerras religiosas. Quem sabe a mais emblemática delas tenha ocorrido na França na segunda parte do século XVI.
As Guerras Religiosas Francesas foram um período prolongado de guerra e agitação popular entre católicos e huguenotes (protestantes reformados/calvinistas).
Estima-se que 3 milhões de pessoas tenham morrido em meio a esse conflito por violência, fome ou doença. A guerra religiosa e que também teve outros fatores motivadores mais mortífera da história foi a Guerra dos 30 Anos que tirou 8 milhões de vidas, também na Europa.
Naqueles dois momentos os governantes eram de uma religião e queriam impor seu credo ao restante da população que muitas vezes processava outra crença.
Isso foi um momento marcante na história europeia que, esperemos, jamais se repita no nosso país.
Todas as pessoas têm direito ao livre pensamento, ao livre arbítrio e a professarem a religião que desejam, não podendo ser censuradas ou atacadas por isso.
Essa estratégia de campanha dos bolsonarista deve ser combatida por todas as forças democráticas da sociedade civil para não vermos o país mergulhado no caos da insanidade religiosa.
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