CENTRO DE SÃO PAULO: A DECADÊNCIA
Ricardo Barros Sayeg
Andando esses dias pelo centro de São Paulo pude notar a decadência em que se encontra aquela região. Assaltos, furtos, população sem teto morando em barracas, prostituição, tráfico de drogas fazem parte da paisagem urbana do centro da maior cidade do país.
E pensar que o centro de São Paulo já foi um dos principais cartões postais da cidade, centro financeiro e comercial do estado e do Brasil.
É verdade que a pandemia do novo coronavírus contribuiu e muito para essa situação, mas o poder público também tem sua parte.
Há pouco tempo assisti pela TV imagens chocantes de usuários de drogas invadindo a rua Santa Ifigênia, centro do comércio de eletrônicos e vandalizando lojas e lanchonetes.
Numa outra edição, um telejornal local da Globo dizia que o turismo no centro de São Paulo está quase extinto. Poucos são os turistas que se aventuram por lá e os que ainda o fazem se recusam a andar pela região. Ficam a bordo de ônibus que circulam pelas principais ruas do centro, enquanto guias vão explicando a eles os principais pontos da cidade: monumentos, edifícios, logradouros.
Áreas antes valorizadas e visitadas vão dando espaço a locais preenchidos por traficantes de drogas, prostitutas e trombadinhas.
Mas existe um movimento que tenta revalorizar o centro. Ele é formado por empresas que se instalam cada vez mais na região, novos empreendimentos imobiliários e tentativas de revitalização de algumas áreas, como o entorno da Praça da República, por exemplo.
Esperemos que o poder público, as empresas e a sociedade organizada olhem com mais carinho para o centro de São Paulo e cuidem mais da região. São Paulo e os paulistanos merecem essa atenção e esse respeito!
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Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP
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