USP: ENSINO, PESQUISA E LIBERDADE DE PENSAMENTO
Fui aluno da USP com muito orgulho nos cursos de História e Pedagoga e por lá também defendi minha dissertação de Mestrado intitulada: "O Uso da Imagem nas Aulas de História", sob orientação da Professora Doutora Kátia Maria Abud, da Faculdade de Educação. Atualmente frequento diversos cursos como aluno especial. Durante meus anos naquela instituição nunca vi diretórios acadêmicos como os apresentados em alguns vídeos que circulam atualmente nas redes sociais. Ao contrário. Quando frequentava o DCE da FAU ou mesmo da História havia uma profícua troca de ideias entre os estudantes. Professores de direita e de esquerda conviviam pacificamente e TODOS se apresentavam nos auditórios da FFLCH ou de outras unidades, ofertavam disciplinas e orientavam estudantes nos cursos de pós-graduação Evidentemente, havia a predominância do pensamento de esquerda, não apenas da esquerda revolucionária, mas também da esquerda moderada.
Infelizmente vídeos como os que tive o desprazer de assistir há pouco tempo numa rede social visam deturpar a visão que existe da universidade pública e promover as instruções particulares que estão nas mãos de alguns grupos que se infiltraram no atual governo.
Lembro que as universidades públicas são responsáveis por mais de 95% da produção científica e tecnológica desenvolvida no país. São instituições que promovem a inclusão da população mais pobre que, através dessas instituições de ensino conseguem desenvolver a ciência, a tecnologia e a cultura. Melhoram sua condição de vida, como também a de suas famílias e de toda sociedade.
Infelizmente percebo que quem acusa dessa forma as universidades públicas, entre elas, a USP, é quem defende sem perceber ou por opção, instituições particulares de ensino, algumas sem nenhuma qualidade. As universidades públicas pagas pelo contribuinte devolvem cada centavo investido através dos impostos com a produção de ciência, tecnologia e cultura que ajudam a desenvolver o país.
É natural que nas universidades públicas o pensamento progressista seja o predominante. Num país como o nosso, caracterizado por distâncias abissais entre ricos e pobres, pelo racismo e por tantas injustiças, ser progressista é praticamente uma obrigação.
Universidade de São Paulo: centro de excelência em ensino e pesquisa
Comentários
Postar um comentário