OS CIDADÃOS E A DEMOCRACIA

OS CIDADÃOS E A DEMOCRACIA


No mundo democrático há um grande desencanto entre os cidadãos e a Democracia. 

Várias pesquisas mostram que as pessoas mais velhas têm maior apreço à democracia, enquanto os mais jovens não.

Numa pesquisa realizada recentemente nos Estados Unidos, onde as pessoas entrevistadas poderiam atribuir notas de um a dez para a importância que dão a viver numa democracia, cerca de dois terços dos norte-americanos nascidos nas décadas de 1930 ou 1940 indicam que é essencial viver num sistema democrático. Já os jovens estão bem menos envolvidos com a democracia. Entre os millennials, nascidos depois de 1980, menos de um terço considera importante viver numa democracia.

Pesquisas mostram que fora dos Estados Unidos o cenário é um pouco diferente. Em países com um histórico de governos autoritários, o envolvimento dos jovens com a democracia não é significativamente inferior aos mais velhos. Mas na maioria das antigas democracias, principalmente no mundo anglófono, os millennials estão tão desiludidos quanto nos EUA. Na Austrália, Grã Bretanha e também em países como Holanda e Suécia há uma enorme desilusão com o sistema democrático.

Isso ocorre porque a democracia, entre outras coisas, não resolveu diversos problemas sociais principalmente entre os jovens, como o desemprego, a falta de programas sociais, educacionais entre outros. No Brasil a situação não parece ser tão diferente dos EUA ou de outros países. Temos de mostrar aos jovens o valor do sistema democrático, da inclusão e da aceitação da pluralidade e diversidade em nosso país, se queremos preservar e aperfeiçoar a democracia em nosso país.

Referência: 

MOUNK, Yascha. O Povo Contra a Democracia. São Paulo: Cia. Das Letras, 2018.




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