SE UM CACHORRO MORDER UM HOMEM, ISSO NÃO É NOTÍCIA, MAS SE UM HOMEM MORDER UM CACHORRO, ISSO É NOTÍCIA
SE UM CACHORRO MORDER UM HOMEM, ISSO NÃO É NOTÍCIA, MAS SE UM HOMEM MORDER UM CACHORRO, ISSO É NOTÍCIA
Quando estudei Jornalismo na Faculdade Cásper Libero, durante um ano, em São Paulo, essa foi uma das primeiras lições que aprendi. A notícia tem de chamar atenção do leitor de uma forma ou de outra.
Alguns jornais, emissoras de rádio e televisão exageraram na dose: é o caso, por exemplo, do jornal Notícias Populares, de São Paulo, que circulou por aqui de 1963 a 2001. Esse jornal tinha manchetes de capa escandalosas e até mesmo indecentes, numa época onde o politicamente correto não era o tom principal nem da sociedade, nem do jornalismo.
"Mulher dá à luz uma tartaruga.", "Nasceu o diabo em São Paulo." ou "Assassinado alisando os seios da mulher alheia." Esses são apenas alguns exemplos das manchetes do NP, nos anos 1980 e 1990.
De lá para cá muita coisa mudou. As empresas jornalísticas criaram códigos de ética, o jornalismo se profissionalizou, surgiram escolas respeitadas em todo país.
Entretanto, para chamar atenção dos leitores, ouvintes ou espectadores, o jornalismo ainda lança mão de tais expedientes. Não tão sensacionalistas como aqueles, mas que também causam forte impacto nas pessoas.
O fenômeno das fake news está claramente relacionado a isso. Elas surgiram num ambiente onde as pessoas só entram em contato com o líde das notícias, as chamadas principais, e não leem a notícia por completo, principalmente na era da internet.
Por isso procure se aprofundar mais quando a notícia lhe interessa. Procure comparar com outras fontes de informação respeitáveis e que façam a verificação da notícia, não que vendam apenas ideologia. Mas, jamais se aliene. Informe-se!
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