CUIDADO COM SEU LIKE!

CUIDADO COM SEU LIKE!

Quando damos um like numa publicação, compartilhamos algum texto ou notícia nas redes sociais, acessamos determinados sites ou ligamos um equipamento a distância nos utilizando da internet, estamos passando informações bastante relevantes sobre nossos gostos, nossos desejos e vontades para as empresas que administram essas redes. Então, o que parece ser de graça, não é. Aliás, já dizia minha vovozinha (que Deus a tenha), não existe almoço de graça!

De posse dessas informações essas empresas nos loferecem produtos e serviços que têm tudo a ver com nossos gostos. E acreditamos ser uma mágica que isso aconteça bem na telinha do nosso computador!Nós nos tornamos as mercadorias na nova economia da informação e comunicação. Querendo ou não você tem de estar conectado para comprar coisas, se informar, acessar algum aparelho através da internet (internet das coisas) ou simplesmente se comunicar com as pessoas E aí você vende suas informações e seus interesses a uma indústria lucrativa que fatura bilhões de dólares por ano, sem produzir nada. Por quê? Porque na verdade é você ou algumas empresas que produzem conteúdos que serão utilizados para explorá-lo depois. Agora eu entendo a cara de sem-vergonha do Mark Zuckerberg, dono do Facebook, no Congresso norte-americano quando perguntado a respeito de como funcionavam as operações do Facebook e de suas empress.

Na verdade, isso não é novo. No passado a Igreja Católica já controlou a produção e disseminação do saber. Mas agora estamos vivendo um fenômeno diferente, onde não apenas a geração do saber, mas os meios de comunicação e a vida em geral estão sendo controlados por essas empresas que determinam muitas vezes não apenas o que consumimos, mas também nossas opções e posições políticas ou ideológicas. Passamos da era do capitalismo industrial para a era do capitalismo cognitivo.

Para enfrentar essa realidade entram os governos que devem investir fortemente em Educação, Ciência e Tecnologia, mas também as famílias, os professores, as escolas e universidades. Elas podem ensinar as crianças e os jovens a interpretar criticamente o que lhes é ofertado “de graça” na internet. Não acessar conteúdos manipulados ou aqueles que contenham discursos racistas ou de ódio, não fornecer gratuitamente dados para as empresas tecnológicas enriquecerem. Procurar compartilhar ideias positivas e proativas para a construção de uma sociedade melhor, mais justa, que respeite o meio ambiente e as diversas manifestações do comportamento humano. Pesquisar, e muito, para não ser manipulado. E isso é possível. Bem possível!



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