RAQUEL E A FOME
A pandemia de COVID-19 no Brasil e em alguns lugares do mundo escancarou um problema que estava sendo gradativamente sendo combatido: a FOME.
Raquel é negra, moradora da Comunidade de Paraisópolis, em São Paulo. É mãe solo de duas crianças: duas meninas lindas, porém com deficiências intelectuais e motoras. Antes da pandemia ela exercia o papel de cabeleireira, mas não conseguiu manter-se trabalhando devido ao agravamento do caso de uma das filhas. Teve de se dedicar integralmente a ela. Sem trabalho, ficou sem renda. Sem renda, não tinha como comprar alimentos para si, nem para Rebeca e Luísa. Ela foi tirando do cardápio da família a carne bovina, depois o frango até que sobrou só o arroz, o feijão e a farinha de milho. Até que, para manter a alimentação das filhas ela parou de comer e só tomar água para enganar o estômago. Foram três longos dias passando por essa situação.
Até que na porta de sua casa surgiu Roberto, um sujeito voluntário de uma ONG que ofereceu a Raquel uma cesta básica. Ela ficou feliz da vida, pois poderia agora se alimentar e dar o que comer a suas filhas, pelo menos por mais algumas semanas.
A história que eu narrei acima possui nomes fictícios, mas é a realidade de muitos lares brasileiros, em especial os chefiados por mães solos. É na verdade um triste axioma, já que o Brasil havia finalmente saído do Mapa da Fome da FAO, em 2014, graças a programas como o Bolsa Família, Fome Zero, entre outros. Entretanto, a fome voltou a ser uma realidade em nosso país nos últimos tempos.
A solidariedade com os mais necessitados é muito importante nesse momento.
Se você puder, contribua com ONGs e organizações que combatem a fome no Brasil e no mundo, pelo menos nesse momento. Entretanto, um modelo político, econômico e social mais justo é possível. E devemos lutar por ele. Afinal, a FOME é um problema de todos nós!
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