33
O número acima me persegue desde a infância: 33. Já morei num apartamento cujo número era o 33 quando criança e o 34 pegou fogo. Desde aquele dia o 33 nunca me sai da memória.
De vez em quando acordo de madrugada e adivinhem só que horas está marcando no relógio? 3horas e 33 minutos. Não é estranho?
Já joguei diversas vezes na Mega Sena no número 33, mas nunca deu em nada. Acho que essas loterias do governo são grandes esquemas de lavagem de dinheiro. Nunca conheci nenhum vencedor!
Dia desses tinha consulta marcada com o cardiologista numa famosa rua aqui de São Paulo. O número do prédio era 333 e o consultório no terceiro andar: 33. Fiquei apavorado. Será que o médico me daria uma notícia ruim? Com certeza! Médicos nunca dão notícias boas. A não ser: você está bem, mas volte daqui há três meses. Eu com certeza vou encontrar alguma coisa!
Pois bem, fui ao dito médico Dr. Márcio.
- Bom dia! Disse o profissional da saúde.
Respondi:
- Bom dia! Mas quase me borrando nas calças de tanta ansiedade.
- O senhor veio para uma consulta de rotina, não é mesmo? Trouxe os exames?
- Sim. Disse eu passando-lhe imediatamente o envelope dos resultados.
- Hum, vejamos!
Esse hum vejamos me mata. É como se fosse uma sentença.
- Você está muito bem. O coração está ótimo. Vai viver por longos anos.
- Que bom! Respondi aliviado.
- Doutor, sei que o senhor é cardiologista mas poderia me ajudar? Perguntei.
- Sim. Em que posso lhe ser útil? Indagou o Dr. Márcio.
- É que acordei com uma forte dor de garganta. O senhor pode me receitar algum remédinho? Perguntei novamente.
- Antes quero te examinar. Abra a boca e diga 33.
Sai correndo do consultório para nunca mais voltar!
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