UMA BREVE HISTÓRIA DA INJUSTIÇA SOCIAL NO BRASIL
Quando os portugueses aqui chegaram em abril de 1500 trataram logo de ir trocando bugigangas sem valor pelo trabalho dos índios: era o escambo - os índios davam o pau brasil, em troca de machadinhas, espelhinhos etc. E mais, os europeus partiram para o roubo puro e simples de suas terras, algo que não parou até hoje. Se na época da chegada dos europeus ao Brasil existiam por aqui algo em torno de 6 milhões de indígenas, hoje existem pouco mais de 400 mil. Foram exterminados pelo uso da violência, por doenças trazidas pelo europeu ou pelo simples extermínio cultural: foram obrigados a se europeizar a qualquer custo.
Com o desenvolver da História, populações tradicionais foram retiradas de suas terras e as que não quiseram sair simplesmente exterminadas. Nos séculos XVII, XVIII, XIX e XX veio a expansão do latifúndio. Títulos de propriedades eram criados em cartórios, colocando-os numa gaveta cheia de grilos para que dessem a aparência de mais velhos do que realmente eram. E a violência no campo foi crescendo cada vez mais e mais. E o Estado que poderia pagar por essas terras improdutivas, nem aí com os mais pobres!
O século XX viu o aumento das cidades e com elas uma extrema precarização da moradia. Surgiram movimentos que lutavam e ainda lutam pela habitação nas cidades, mas são confundidos com quem vai retirar seu kitshnet sem dó nem piedade. Só não esclarecem a você que aquele prédio abandonado no centro da cidade, completamente fechado que poderia ser ocupado por famílias, simplesmente não está sendo, pois os donos do empreendimento querem valorizar seu imóvel, deixando as famílias à deriva, sem preocupação social nenhuma. E mais, se você fosse o dono do prédio receberia uma gorda indenização do Estado, caso ele fosse ocupado. É a significação social da propriedade que deveria estar acima de tudo.
E assim o Brasil se tornou e se torna cada vez mais esse país desigual e excludente. Afinal, pensar em armar uma pequena parcela da população é muito mais importante que pensar em redistribuição de renda, comida, Educação, Cultura e moradia para o povo, não é mesmo?
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