TIRADENTES
Muito já se falou sobre Tiradentes. Seu papel na Inconfidência Mineira de 1792. Suas convicções políticas republicanas, entre outras coisas. Entretanto, esse herói nacional ficou praticamente esquecido durante o período colonial e o império. Justamente por ele ser um convicto defensor república como forma de governo. Há de se observar também que durante o Império, nossos dois governantes eram descendentes da rainha de Portugal, Dona Maria I, que mandou ao exílio a maioria dos inconfidentes e condenou Joaquim José da Silva Xavier ao enforcamento e ao esquartejamento de seu corpo.
A figura de Tiradentes só foi reabilitada com a adoção da República pelo Brasil, em 1889. Os republicanos precisavam de um herói que representasse seus valores e escolheram Tiradentes.
Um problema que apareceu logo de início era representar na iconografia como era Tiradentes. Existiam poucos documentos sobre seu perfil físico. Escolheram então, a figura de Cristo para representar Tiradentes nas pinturas da época. E aí estabelece-se um outro problema. A representação de Cristo também foi idealizada. Então Tiradentes foi uma figura representada a partir de uma idealização! Era, portanto, a idealização da idealização.
Mas o que importa mesmo é, que apesar de não sabermos fidedignamente, como era Tiradentes, hoje rememoramos a morte desse grande herói nacional que lutou pela liberdade, contra o arbítrio da monarquia portuguesa, pela independência do nosso país e pela república.
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