A LEITURA ENGRANDECE A ALMA, MAS NÃO PARA PAULO GUEDES
Já dizia Voltaire que a leitura engrandece a alma. Mas se depender da reforma tributária proposta pelo ministro da Economia Paulo Guedes, isso parece não ser uma máxima do atual governo. Isso porque a reforma encarece os livros pelo menos em 12%. Graças a um projeto do escritor baiano Jorge Amado houve isenção de cobrança de alguns impostos no caso dos livros. O objetivo era permitir que todos tivessem acesso à leitura.
Paulo Guedes, entretanto, acredita que só quem consome livros é a classe alta e isso não afetaria seu consumo. Ele só esquece que aumentando o preço dos livros ele os torna inacessíveis aos mais pobres.
Os livros estão intimamente ligados à formação dos indivíduos. Sem leitura não há pensamento e a população mais pobre fica refém cada vez mais dos programas de televisão e rádio de baixo nível, das emissoras religiosas ou dos programas policiais.
Temos de ter em conta que isso é um projeto de governo: a destruição da produção cultural de qualidade, bem como da Educação. É isso que Bolsonaro vem promovendo desde o início de seu mandato: interferir nas universidades e institutos federais de Educação a fim de destrui-los, retirar dinheiro da pesquisa e da produção cultural. Colocou até um doido varrido para ser o Secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, que chegou a proferir um discurso inspirado em Goebbels e com uma música de Wagner ao fundo, o compositor preferido de Hitler!
As pessoas não estão se dando conta que o Brasil está sendo destruído aos poucos e, do jeito que estamos caminhando, daqui há um breve tempo, teremos um povo completamente alienado e despreparado, nenhuma Ciência e Tecnologia sendo produzidas por aqui e uma produção cultural medíocre.
E pensar que esse já foi o país de Castro Alves, Rui Barbosa, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, entre tantos outros!
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