LOBINHO
Quando tinha sete anos minha mãe me apresentou aos lobinhos. Mas não era um grupo tradicional não. Tratava-se de um grupo composto integralmente por descendentes de japoneses, que ficava na Vila Mariana, o grupo Hongwanji (67), que ficava no templo budista Nichi Hongwanji.
Logo que cheguei meus amiguinhos de olhos puxados se assustaram comigo: um descendente de portugueses, brasileiros e libaneses, de olhos verdes! Mas logo foram se acostumando comigo.
Eu adorava ser lobinho. Eram tantas as brincadeiras, tantos os jogos que fiquei encantado logo de cara. E mais, tínhamos diversas especialidades: você poderia ser artista, guia, arte em origami, dança e várias outras. Isso despertou meu lado mais criativo.
Todos os sábados, quando nos reuníamos fazíamos uma oração em japonês e depois cantávamos o hino nacional. Depois começavam as atividades. Nossas instrutoras eram a Baloo e a Baguera: Erina e Teresa Kodama. Adorava as duas! Saudades!
Aos 11 passei a ser escoteiro. Foi bem legal também, mas não tinha a graça de ser lobinho! Quando era lobinho desenvolvi qualidades e habilidades que levo para a vida até hoje!
Este tempo deixou saudades né, filho?
ResponderExcluir