REMOVENDO PEDRAS E PLANTANDO FLORES
Alguém da Prefeitura de São Paulo deve ter acordado de mau humor nesse início de ano e teve uma ideia prá lá de infeliz: instalar paralelepípedos debaixo dos viadutos da zona leste da cidade para evitar que sirvam de moradia aos sem-teto.
Pois bem, nessa terça-feira, dia 2 de fevereiro, o padre Júlio Lancelotti não teve dúvidas: dirigiu-se a um desses viadutos e quebrou a marretadas os blocos de pedra.
Os paralelepípedos foram instalados sob os viadutos Dom Luciano Mendes de Almeida e Antônio de Paiva Monteiro, localizados na avenida Salim Farah Maluf. Durante a semana a prefeitura começou a retirar as pedras após a repercussão negativa do caso, por ser considerada uma atitude higienista.
O higienismo é uma doutrina que nasceu na primeira metade do século XIX, quando os governantes começaram a dar maior atenção à saúde e a características morais dos indivíduos. Considerava-se que a doença era um fenômeno social que impactava todos os aspectos da vida humana. Portanto, os miseráveis, doentes mentais, dependentes de drogas deveriam ser afastados das cidades a qualquer custo.
Funcionários da prefeitura alegaram que as pedras foram instaladas, pois o local era utilizado para descarte de lixo na região. Entretanto, muitos moradores disseram que o local era também ocupado por moradores de rua.
De acordo com um censo realizado pela própria prefeitura, a Moóca é o bairro com o maior número de sem-teto da capital.
Na verdade não é a primeira vez que a gestão Bruno Covas toma esse tipo de atitude. Em 2020, a prefeitura instalou grades sob o viaduto Antônio Sylva Cunha Bueno com os mesmos objetivos, ou seja, impedir que o local fosse utilizado como moradia para os moradores de rua.
Com essa conduta, Júlio Lancelotti tem uma atitude cristã em favor dos menos possuídos e encarna os verdadeiros valores de uma Igreja humana e em favor da vida!
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