POR QUE BOLSONARO TEM TANTO INTERESSE NA AMPLIAÇÃO DO PORTE DE ARMAS?
Prezado leitor, você deve ter observado que durante a campanha Bolsonaro defendeu a ampliação do porte de armas para que a população pudesse se defender dos marginais que agem livremente nas cidades de todo o Brasil, para defender seu comércio, suas casas, as propriedades rurais. Entretanto, o presidente não falou em nenhum momento de sua enorme simpatia e ligação com as milícias, em especial as que agem no Rio de Janeiro. Fabrício Queirós, um dos seus principais assessores era uma das principais lideranças delas, no Rio das Pedras. No seu condomínio vivia outro chefão o tal do sargento reformado Ronnie Lessa. (Aliás como um sargento da reserva consegue comprar com seu salário uma casa de luxo num condomínio desses?). Uma filha do sargento, envolvido no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, chegou a namorar o filho 04 de Jair Bolsonaro. Quanta coincidência, não é mesmo?
Bom, aí voltamos à questão das armas. De onde vem as armas que alimentam as milícias?
Elas vem de diferentes fontes: do desvio de armas da polícia, do exército, mas também de colecionadores, de praticantes de tiro esportivo, que tem uma maior facilidade para importar armas. Hoje, no Rio, o poder de uma comunidade é medido pela quantidade de armas que ela possui. E com as armas e as milícias vem as extorsões. As milícias cobram taxas dos comerciantes para a proteção de seus negócios, para o oferecimento de produtos como gás de cozinha, serviços de TV à cabo e por aí vai. Tornam-se um Estado dentro do Estado. E nosso presidente está careca de saber disso. Seu papel não era dar apoio às milícias. Ao contrário: era combatê-las! Afinal, ele não confia no trabalho das polícias?
E aí eu chamo a atenção do leitor para outro fato: quando essas armas estiverem presentes em grande quantidade no país, com as milícias armadas, a polícia fortemente aparelhada dando apoio a Bolsonaro, bem como o Exército, teremos as condições para um golpe de estado no Brasil, tal como foi feito na Indonésia e em diversos outros países na segunda metade do século XX.
E aí adeus Democracia! E ficaremos à mercê dos grupos milicianos que se espalharão pelo país, nos cobrando por proteção, gatonet, fornecimento de gás, entre outros serviços.
Brasil: o país do futuro distópico! Deus nos livre de Bolsonaro!
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