CÂNDIDO, DR. PANGLOSS E BOLSONARO

CÂNDIDO, DR. PANGLOSS E BOLSONARO

Cândido ou O Otimismo é uma das obras escritas por Voltaire na forma de um conto filosófico. Ele narra a história do jovem Cândido, vivendo numa espécie de paraíso e recebendo as lições de otimismo de Leibnitz, através do seu mentor, o doutor Pangloss.

A obra retrata a abrupta interrupção desse estilo de vida quando Cândido testemunha e vivencia as dificuldades e horrores do mundo real. Voltaire termina sua obra ao rejeitar o otimismo exagerado ou o mantra leibnitziano de Pangloss: "tudo vai melhor, pelo melhor nos mundos possíveis." por um preceito enigmático: "devemos cultivar nosso jardim."

Ao afirmar que a devastação e o fogo na Amazônia não existem, que no Brasil não há racismo, que nosso país não sofre com o flagelo da miséria e da fome entre outras sandices, Bolsonaro parece que coloca os óculos com lentes rosas de Pangloss para encarar a dura realidade brasileira. 

Só há duas hipóteses possíveis:

Ou nosso chefe do Executivo vê tudo com otimismo exagerado:

"Eu só vejo o brasileiro com duas cores: verde e amarelo!" E assim, no mundo de Cândido-Bolsonaro, tudo vai bem.

Ou é pura desonestidade, já que o presidente possui todos os dados que comprovam tudo de mal que acontece no país. 

Eu prefiro a segunda hipótese.




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