A ESCOLA DE BESLAN

 A ESCOLA DE BESLAN

O massacre da escola de Beslan começou em 1º de setembro de 2004, durou três dias e envolveu o aprisionamento ilegal de mais de 1.100 pessoas como reféns, incluindo 777 crianças. O evento terminou com a morte de pelo menos 334 pessoas, sendo 156 crianças. A crise começou quando um grupo de militantes islâmicos armados, principalmente inguches e chechenos, ocupou a Escola Número Um (SNO) na cidade de Beslan, Ossétia do Norte (uma república autônoma da Federação Russa) em 1º de setembro de 2004. Os sequestradores foram enviados pelo líder checheno Shamil Basayev, que exigiu o reconhecimento da independência da Chechênia e a retirada de tropas russas da região. No terceiro dia do impasse, as forças de segurança russas invadiram o prédio com o uso de tanques, foguetes incendiários e outras armas pesadas. Até dezembro de 2006, 334 pessoas (excluindo os terroristas) foram identificadas como mortas, incluindo 186 crianças.
Naquela época eu lecionava para as turmas do ensino fundamental e ensino médio do Colégio Paulista, hoje FIAP School. Meus alunos, em especial da 8ª série ficaram muito sensibilizados com o desfecho dos acontecimentos na Rússia.
Decidimos então, prestar uma homenagem, principalmente às crianças mortas que tinham quase a mesma idade dos meus alunos. Naquele início de setembro, pedi à coordenadora Mônica Guerra e ao diretor Ronald Carli para que conseguissem um ônibus que nos levassem até o Consulado da Rússia, na rua Estados Unidos, aqui em São Paulo.
Naquele dia, comprei flores para levá-las à representação diplomática com o objetivo de homenagear todas as pessoas mortas naquele terrível acontecimento. E assim foi feito.
Fomos recepcionados pelo cônsul da Rússia em São Paulo na época e, em nome de meus alunos eu li para ele uma carta bastante emocionada de nossos estudantes. Lembro-me que uma das alunas até chorou durante a leitura.
Aquele ato representou uma forma de empatia dos nossos alunos com as crianças e adolescentes que eles sequer conheciam, mas ficaram extremamente emocionados com toda a dor e sofrimento pelo qual as famílias de Beslan estavam passando.



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