INDEPENDÊNCIA DO BRASIL: UM OUTRO OLHAR
Ricardo Barros Sayeg
Naquele 7 de setembro, Dom Pedro, o príncipe regente do Brasil, havia deixado a residência de sua amante, a Marquesa de Santos e vindo montado em mula e cavalo em direção ao Rio de Janeiro, capital do Brasil. A viagem começou pela Serra do Mar e atravessaria o Vale do rio Paraíba do Sul. Ao chegar às margens do riacho do Ipiranga, aqui em São Paulo, após receber uma carta da princesa Leopoldina e de José Bonifácio que alertavam o príncipe de uma provável invasão de Portugal em terras brasileiras e o lado de sua comitiva e de alguns populares, teria proferido a famosa frase: "Independência ou Morte!"
A viagem do príncipe era importante, pois ele necessitava de apoio financeiro para uma futura Independência e aqui em São Paulo, estavam muitos fazendeiros que poderiam lhe dar o capital necessário. Além disso, São Paulo se mostrava reticente a um futuro Império e tinha interesses separatistas.
Declarada a Independência, Pedro se dirigiu ao Rio de Janeiro.
A Independência, entretanto, não mudaria muita coisa no Brasil: o país continuava sendo uma monarquia, tendo o filho do antigo imperador português como chefe de Estado, a escravidão permaneceria e a estrutura social se mostrava inabalada. Além disso, já estávamos dependentes economicamente da Inglaterra, desde Dom João VI.
As demais províncias souberam da Independência, dias ou até meses depois, mas enfim o Brasil se tornou livre de Portugal. O novo país foi também reconhecido por diversas outras nações, entre elas os EUA, que tinham evidentes interesses econômicos nessas bandas da América.
Nesse 7 de Setembro, viva a Independência do Brasil!
Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP.
François-René Moreaux, "A Proclamação da Independência". Acervo do Museu Imperial de Petrópolis.
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