O IMENSO FERIADO DA PANDEMIA
Ricardo Barros Sayeg
"O brasileiro é um caso a ser estudado!', já diria nosso presidente capitão e nisso eu não discordo dele. De fato, uma grande parcela dos brasileiros vê, nessa pandemia, a oportunidade de fazer viagens, visitar amigos ou parentes, fazer compras ou ir à praia, geralmente gerando aglomerações e se arriscando a contrair o novo coronavírus.
Nesse último final de semana, vimos milhares de pessoas nas praias do país, sem utilizar máscaras, sem os mínimos cuidados com a higiene e, pior, sem se preocupar com o distanciamento social.
Essas pessoas não se preocupam com sua vida e nem com a vida dos mais próximos. Não percebem que estão se colocando em risco, podendo levar para casa o novo vírus para pessoas queridas e colocando todos nós em risco.
No turismo de observação, realizado em algumas áreas naturais, os visitantes apenas fotografam os pássaros, os animais, a vegetação ou a paisagem. Deveria ter sido feito o mesmo em relação às praias. Nesse momento, a população deveria ser proibida de frequentá-las.
As pessoas podem ter passado momentos felizes nesses últimos dias, adquirido um bronzeado legal, pego algumas ondas, mas isso não vale o sofrimento de passar dias dentro de um hospital, muitas vezes internado numa UTI, correndo o risco de ser entubado.
Parece que esse povo não quer saber de seu futuro, do futuro dos seus filhos ou das pessoas queridas. É lastimável!
Essa doença é muito séria e pode deixar sequelas para o resto da vida, além de comprometer nossa sociedade como um todo.
Acorda gente! Só saiam de casa quando for estritamente necessário e se sair, leve ao menos duas máscaras. Ah! E não se esqueça do álcool gel!
Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP.
Praias lotadas nesse último final de semana em várias cidades do país: total irresponsabilidade em meio à pandemia.
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