A REVOLUÇÃO DE 1932: A REVOLTA DOS PAULISTAS
Ricardo Barros Sayeg
Era 23 de novembro de 1932. Naquela tarde os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo combinaram de se encontrar na Praça da República, no centro de São Paulo para as manifestações contra o presidente Getúlio Vargas que havia assumido o poder em outubro de 1930, através de uma revolução.
Vargas havia prometido promulgar uma nova Constituição assim que assumisse o poder. A de 1891 que vigorava naquela época dava muita força política às oligarquias e aos estados da federação. Era considerada uma constituição feita para as elites sem nenhuma característica democrática.
Os quatro estudantes foram abordados por tropas ligadas ao governo na esquina da rua Barão de Itapetininga com a Praça da República e foram violentamente mortos. A população de São Paulo se revoltou contra Vargas. Surgiram movimentos visando arrecadar fundos para um futuro movimento: "doe ouro para o bem de São Paulo!". As senhoras da sociedade paulista confeccionaram uniformes para os revolucionários, a Escola Politécnica desenvolveu armamentos. As iniciais dos nomes dos quatro estudantes foram utilizadas para sensibilizar a população: M.M.D.C.
A revolução finalmente eclodiu no dia 9 de julho. São Paulo pegou em armas contra o governo de Getúlio. Inicialmente os revolucionários pensaram contar com o apoio de Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, mas no decorrer do conflito esse apoio foi retirado.
Os paulistas foram derrotados menos de quatro meses depois do início da Revolução, em outubro de 1932. Entretanto, a Constituição foi promulgada em 1934, com diversos avanços em relação à Carta Magna anterior.
Será que o povo paulista foi manipulado, pois as oligarquias paulistas e mineiras que haviam sido retiradas do poder queriam voltar? Ou os paulistas queriam um governo mais democrático que promulgasse uma nova Constituição? O que podemos afirmar é que nunca houve uma atitude separatista por parte de São Paulo como foi afirmado por parte da imprensa e da opinião pública.
Nesse dia 9 de julho presto minha homenagem e meu respeito ao soldado Constitucionalista de 1932!
Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP.
Ricardo Barros Sayeg
Era 23 de novembro de 1932. Naquela tarde os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo combinaram de se encontrar na Praça da República, no centro de São Paulo para as manifestações contra o presidente Getúlio Vargas que havia assumido o poder em outubro de 1930, através de uma revolução.
Vargas havia prometido promulgar uma nova Constituição assim que assumisse o poder. A de 1891 que vigorava naquela época dava muita força política às oligarquias e aos estados da federação. Era considerada uma constituição feita para as elites sem nenhuma característica democrática.
Os quatro estudantes foram abordados por tropas ligadas ao governo na esquina da rua Barão de Itapetininga com a Praça da República e foram violentamente mortos. A população de São Paulo se revoltou contra Vargas. Surgiram movimentos visando arrecadar fundos para um futuro movimento: "doe ouro para o bem de São Paulo!". As senhoras da sociedade paulista confeccionaram uniformes para os revolucionários, a Escola Politécnica desenvolveu armamentos. As iniciais dos nomes dos quatro estudantes foram utilizadas para sensibilizar a população: M.M.D.C.
A revolução finalmente eclodiu no dia 9 de julho. São Paulo pegou em armas contra o governo de Getúlio. Inicialmente os revolucionários pensaram contar com o apoio de Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, mas no decorrer do conflito esse apoio foi retirado.
Os paulistas foram derrotados menos de quatro meses depois do início da Revolução, em outubro de 1932. Entretanto, a Constituição foi promulgada em 1934, com diversos avanços em relação à Carta Magna anterior.
Será que o povo paulista foi manipulado, pois as oligarquias paulistas e mineiras que haviam sido retiradas do poder queriam voltar? Ou os paulistas queriam um governo mais democrático que promulgasse uma nova Constituição? O que podemos afirmar é que nunca houve uma atitude separatista por parte de São Paulo como foi afirmado por parte da imprensa e da opinião pública.
Nesse dia 9 de julho presto minha homenagem e meu respeito ao soldado Constitucionalista de 1932!
Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP.
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