POR QUE O SISTEMA DE COTAS É IMPORTANTE?
Ricardo Barros Sayeg
Ao se afastar do Ministério da Educação, Abraham Weintraub resolveu extinguir as cotas na pós-graduação como seu ato derradeiro à frente daquele ministério.
Mas, como e porque surgiu o sistema de cotas raciais?
Esse sistema surgiu na Índia nos anos 1930 como uma forma de ação afirmativa a fim de reverter o rigido sistema de castas existente naquele país. Apesar de muitos considerarem esse esquema como uma forma de inclusão social, há grandes controvérsias nos países onde ele foi implantado.
No Brasil, esse modelo está mais ligado ao sistema norte-americano, devido a algumas similaridades históricas entre os dois países.
Qualquer sociedade que queira ser democrática e inclusiva pode fazer uso desse sistema para atenuar as desigualdades que mantém em situações díspares pessoas de estratos sociais distintos.
Esse sistema funciona como uma ação corretiva que deve durar um certo período de tempo necessário para se reverter as graves desigualdades sociais entre os diversos grupos que compõe a população.
No caso brasileiro isso é bastante evidente. São poucos os médicos, juízes, advogados, engenheiros afrodescendentes, indígenas ou portadores de necessidades especiais. No serviço público, eles também são minoria.
O objetivo do sistema de cotas é, portanto, corrigir uma realidade histórica, na qual esses grupos foram sempre alijados dos estratos sociais privilegiados e sempre deixados em segundo plano. Daí sua importância num país que queira efetivamente promover uma justiça social.
O atual governo se mostra pouco sensível a essa questão, fazendo de tudo para boicotar o sistema de cotas ou colocando numa das principais instituições que deveriam defender a cultura e os valores afrodescendentes, como a Fundação Palmares, um sujeito que constantemente ofende e agride seu povo com palavras e ações.
Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP
Ricardo Barros Sayeg
Ao se afastar do Ministério da Educação, Abraham Weintraub resolveu extinguir as cotas na pós-graduação como seu ato derradeiro à frente daquele ministério.
Mas, como e porque surgiu o sistema de cotas raciais?
Esse sistema surgiu na Índia nos anos 1930 como uma forma de ação afirmativa a fim de reverter o rigido sistema de castas existente naquele país. Apesar de muitos considerarem esse esquema como uma forma de inclusão social, há grandes controvérsias nos países onde ele foi implantado.
No Brasil, esse modelo está mais ligado ao sistema norte-americano, devido a algumas similaridades históricas entre os dois países.
Qualquer sociedade que queira ser democrática e inclusiva pode fazer uso desse sistema para atenuar as desigualdades que mantém em situações díspares pessoas de estratos sociais distintos.
Esse sistema funciona como uma ação corretiva que deve durar um certo período de tempo necessário para se reverter as graves desigualdades sociais entre os diversos grupos que compõe a população.
No caso brasileiro isso é bastante evidente. São poucos os médicos, juízes, advogados, engenheiros afrodescendentes, indígenas ou portadores de necessidades especiais. No serviço público, eles também são minoria.
O objetivo do sistema de cotas é, portanto, corrigir uma realidade histórica, na qual esses grupos foram sempre alijados dos estratos sociais privilegiados e sempre deixados em segundo plano. Daí sua importância num país que queira efetivamente promover uma justiça social.
O atual governo se mostra pouco sensível a essa questão, fazendo de tudo para boicotar o sistema de cotas ou colocando numa das principais instituições que deveriam defender a cultura e os valores afrodescendentes, como a Fundação Palmares, um sujeito que constantemente ofende e agride seu povo com palavras e ações.
Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP
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