CHURCHILL E O GRANDE NEVOEIRO

CHURCHILL E O GRANDE NEVOEIRO
Ricardo Barros Sayeg

Na noite do dia 5 de janeiro de 1952, Londres mergulhou num pesadelo que duraria quatro dias: um nevoeiro caiu sobre a capital inglesa. Mas não era algo normal. Não era um acontecimento meteorológico comum que se abatia todos os invernos sobre Londres: era uma fumaça mais espessa, amarelada, malcheirosa e evidentemente, tóxica.
Durante aquele evento climático, 4.000 pessoas morreram e mais de 150.000 ficaram doentes com infecções respiratórias. A maioria das pessoas foram atropeladas ou faleceram de frio. Ninguém sabia explicar o porquê daquela situação. Os hospitais ficaram abarrotados de gente e os sepultamentos eram constantes.
Londres, na época, contava com 8 milhões de habitantes. Dia 5, tinha sido um dia normal na cidade. As indústrias funcionavam a todo vapor, os automóveis e ônibus ocupavam as ruas, mas estava frio, muito frio.
Depois do trabalho os londrinos voltaram para casa e queimaram o carvão de baixa qualidade para se aquecerem daqueles tempos gélidos. Mal sabiam os residentes da capital inglesa que essa seria sua sentença de morte.
Winston Churchill  já havia sido alertado pelos meteorologistas que a nuvem que se abateria sobre Londres traria problemas dias antes.
Ao mesmo tempo que a fumaça das chaminés subia, uma massa de ar frio se abateu sobre a cidade, fazendo que a fuligem decesse até o solo. Não se podia ver meio metro a frente dos olhos.
A oposição aproveitou a neblina incomum para atacar Churchill dizendo que ele estava velho e não tinha condições para enfrentar aquela crise. Pediram sua cabeça para a recém entronizada rainha.
O político então, foi ao hospital central de Londres para atestar a morte de sua secretária particular, atropelada por um automóvel naqueles dias. Viu a situação de calamidade em que se encontravam as equipes médicas. Na oportunidade convocou a imprensa para afirmar que estava aumentando os custos com a saúde em Londres.
A rainha convocou-o no dia seguinte para uma audiência no palácio de Buckingham. Elizabeth II queria convencê-lo a abdicar do cargo de primeiro ministro, mas devido à posição favorável e ao apoio da opinião pública, ela foi demovida de sua intenção. Churchil mais uma vez sairia fortalecido politicamente.

Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP

Fontes: https://www.google.com.br/amp/s/observador.pt/2016/11/17/o-misterio-do-nevoeiro-mortifero-de-londres-foi-resolvido/amp/

https://www.google.com.br/amp/s/gizmodo.uol.com.br/formacao-nevoeiro-londres/amp/

Churchill cumprimentando a rainha Elizabeth II


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