POBRE REGINA!

POBRE REGINA!
Ricardo Barros Sayeg

Às vezes, observando as declarações de Regina Duarte, dá um pouco de dó. Ou ela é muito ingênua ou muito maldosa. Até agora não consegui formar um juízo de valor!
Ontem, a namoradinha do Brasil foi afastada da Secretaria Especial de Cultura e foi chefiar a Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, em São Paulo. Esperemos que não mande botar fogo no acervo centenário da instituição!
É bem provável que seja substituída por Mário Frias Filho, ator de Malhação, uma novela da Globo destinada ao público jovem.
Fui atrás de algumas opiniões do galã de Malhação nas redes sociais. Você com certeza não ficaria espantado. Ele reza a mesma cartilha de Olavo de Carvalho e, portanto, as mesmas ideias absurdas e retrógradas do atual presidente. Não tem conhecimento nenhum da pasta da cultura, mas está pronto para virar um marionete de Bolsonaro e levar a cultura brasileira para o buraco.
Regina Duarte, pobre coitada, ainda pensava que era possível estabelecer um diálogo com a classe artística. Em meio a essa pandemia não teve nenhuma atitude de ajuda aos artistas que estão à míngua, completamente abandonados pelo governo. Chegou a afirmar numa entrevista à CNN que não criaria um obituário na Secretaria Especial de Cultura para homenagear os artistas recentemente mortos. Uma completa falta de respeito e consideração com gente que deu a vida para a construção da cultura brasileira.
O seu possível substituto é um ator jovem quase sem nenhuma história na área da cultura que está prontinho para dizimar o que resta do setor, sem nenhum ressentimento...

Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP

Pobre Regina: ingenuidade ou pura maldade?


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