GEORGE FLOYD E O RACISMO NOS EUA E NO BRASIL
Ricardo Barros Sayeg
Essa semana fomos impactados por cenas fortes de um cidadão estadunidense afrodescendente sendo sufocado e assassinado por um policial branco na cidade de Minneapollis, no estado de Minnesota, nos EUA. Ele teria dito durante o golpe aplicado pelo policial com um dos seus joelhos sobre seu pescoço: "por favor, por favor, não consigo respirar..."
George Floyd, estava saindo de uma loja de conveniência, quando foi abordado por quatro policiais. Ele foi denunciado por um anônimo afirmando que ele supostamente teria pago suas compras com uma nota de vinte dólares falsa.
O que importa é que a violência da polícia local foi totalmente desproporcional ao ato praticado.
Pois bem, temendo que houvesse distúrbios como em situações anteriores, o policial que aplicou-lhe o golpe e que o levou à morte foi preso e culpado por homicídio em terceiro grau ou no caso do Direito brasileiro: homicídio culposo, aquele no qual não há intenção de matar.
Protestos explodiram em mais de vinte grandes cidades dos Estados Unidos, com algumas mortes, dezenas de feridos e centenas de presos e ainda continuarão por mais alguns dias, ao que tudo parece.
Floyd era segurança de um restaurante latino na cidade e, com essa pandemia, perdeu o emprego, como milhões de outros cidadãos norte-americanos.
O problema racial nos EUA é muito antigo e está enraizado na sociedade do país, desde suas origens. A própria Guerra de Secessão (1861-1865) está ligada a esse problema.
A sociedade estadunidense tem o racismo velado como uma de suas características. Lá os afrodescendentes são pouco mais de 13% da população. Parte do povo dos EUA ainda tem empatia com com essa população para sair às ruas e se manifestar. Por lá a vida, seja de um latino ou um afrodescendente ainda importam. Por aqui os afrodescendentes não tem vez, nem voz, apesar de serem mais de 50% da população. Quando morre uma pessoa preta ou parda nas cidades e, em especial, nas favelas, não há comoção alguma. Tudo é considerado normal!
Quando iremos perceber que a cor da pele não importa? Que todos devem ser tratados de maneira igual, com igual direito à dignidade e ao respeito? Que todos fazemos parte de algo maior chamado HUMANIDADE?
Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP.
O policial Derek Chauvin aplicando o golpe no cidadão George Floyd que o levaria à morte.
Ricardo Barros Sayeg
Essa semana fomos impactados por cenas fortes de um cidadão estadunidense afrodescendente sendo sufocado e assassinado por um policial branco na cidade de Minneapollis, no estado de Minnesota, nos EUA. Ele teria dito durante o golpe aplicado pelo policial com um dos seus joelhos sobre seu pescoço: "por favor, por favor, não consigo respirar..."
George Floyd, estava saindo de uma loja de conveniência, quando foi abordado por quatro policiais. Ele foi denunciado por um anônimo afirmando que ele supostamente teria pago suas compras com uma nota de vinte dólares falsa.
O que importa é que a violência da polícia local foi totalmente desproporcional ao ato praticado.
Pois bem, temendo que houvesse distúrbios como em situações anteriores, o policial que aplicou-lhe o golpe e que o levou à morte foi preso e culpado por homicídio em terceiro grau ou no caso do Direito brasileiro: homicídio culposo, aquele no qual não há intenção de matar.
Protestos explodiram em mais de vinte grandes cidades dos Estados Unidos, com algumas mortes, dezenas de feridos e centenas de presos e ainda continuarão por mais alguns dias, ao que tudo parece.
Floyd era segurança de um restaurante latino na cidade e, com essa pandemia, perdeu o emprego, como milhões de outros cidadãos norte-americanos.
O problema racial nos EUA é muito antigo e está enraizado na sociedade do país, desde suas origens. A própria Guerra de Secessão (1861-1865) está ligada a esse problema.
A sociedade estadunidense tem o racismo velado como uma de suas características. Lá os afrodescendentes são pouco mais de 13% da população. Parte do povo dos EUA ainda tem empatia com com essa população para sair às ruas e se manifestar. Por lá a vida, seja de um latino ou um afrodescendente ainda importam. Por aqui os afrodescendentes não tem vez, nem voz, apesar de serem mais de 50% da população. Quando morre uma pessoa preta ou parda nas cidades e, em especial, nas favelas, não há comoção alguma. Tudo é considerado normal!
Quando iremos perceber que a cor da pele não importa? Que todos devem ser tratados de maneira igual, com igual direito à dignidade e ao respeito? Que todos fazemos parte de algo maior chamado HUMANIDADE?
Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e professor da FIAP/SP.
O policial Derek Chauvin aplicando o golpe no cidadão George Floyd que o levaria à morte.
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