Leia esse texto do Professor Ricardo Barros Sayeg analisando a Revolta da Vacina, no início do século XX e as atuais revoltas dos trabalhadores informais e da burguesia contra o fim das medidas de isolamento social, aqui no meu Blog.
OSWALDO CRUZ E MANDETTA: A REVOLTA DA VACINA E DO ISOLAMENTO
Oswaldo Cruz foi, sem dúvida alguma, o mais importante médico sanitarista brasileiro. Contratado pelo presidente Rodrigues Alves que também era cafeicultor e sabia da importância dos imigrantes para a economia do Brasil, Alves queria combater a varíola, febre amarela e peste bubônica que assolavam a cidade do Rio de Janeiro, naquela época, capital da República, e impediam a vinda de trabalhadores europeus ao país. Contratou então, o médico sanitarista paulista Oswaldo Cruz, nascido em São Luís do Paraitinga, no interior do estado. Cruz havia estudado no Instituto Pasteur, em Paris e chegou ao Brasil cheio de energia e conhecimento. O presidente então, deu carta branca ao doutor Oswaldo que sugeriu a vacinação obrigatória dos cidadãos da capital. Essa vacinação gerou uma revolta sem precedentes: a Revolta da Vacina, entre 10 e 16 de novembro de 1904. Foram erguidas barricadas contra as equipes de vacinadores, bondes foram tombados e destruídos, houve até mortes em meio à Revolta. Enfim, a vacinação obrigatória foi efetivada e as medidas do doutor Oswaldo Cruz salvaram milhares de vidas.
Em 2020, mais de um século depois daquela emblemática Revolta, surge no cenário o doutor Luís Henrique Mandetta, ministro da Saúde, que sugere ao presidente o isolamento social obrigatório como a medida mais eficaz no combate à pandemia do novo Coronavírus. No começo, tudo bem. Mas passados alguns dias trabalhadores informais e parte da burguesia se reúne contra as medidas de Mandetta, incentivados pelo próprio presidente que coloca a Economia à frente da vida das pessoas.
A pequena e média burguesia tentam se enganar negando a pandemia, enquanto os trabalhadores informais são pressionados a lutar por suas próprias vidas exigindo o fim da quarentena.
Dois médicos, atitudes semelhantes e resultados diversos.
Como diria Marx:
"A História se repete a primeira vez como trajedia e a segunda como farsa."
Charge sobre a Revolta da Vacina, de 1904.
OSWALDO CRUZ E MANDETTA: A REVOLTA DA VACINA E DO ISOLAMENTO
Oswaldo Cruz foi, sem dúvida alguma, o mais importante médico sanitarista brasileiro. Contratado pelo presidente Rodrigues Alves que também era cafeicultor e sabia da importância dos imigrantes para a economia do Brasil, Alves queria combater a varíola, febre amarela e peste bubônica que assolavam a cidade do Rio de Janeiro, naquela época, capital da República, e impediam a vinda de trabalhadores europeus ao país. Contratou então, o médico sanitarista paulista Oswaldo Cruz, nascido em São Luís do Paraitinga, no interior do estado. Cruz havia estudado no Instituto Pasteur, em Paris e chegou ao Brasil cheio de energia e conhecimento. O presidente então, deu carta branca ao doutor Oswaldo que sugeriu a vacinação obrigatória dos cidadãos da capital. Essa vacinação gerou uma revolta sem precedentes: a Revolta da Vacina, entre 10 e 16 de novembro de 1904. Foram erguidas barricadas contra as equipes de vacinadores, bondes foram tombados e destruídos, houve até mortes em meio à Revolta. Enfim, a vacinação obrigatória foi efetivada e as medidas do doutor Oswaldo Cruz salvaram milhares de vidas.
Em 2020, mais de um século depois daquela emblemática Revolta, surge no cenário o doutor Luís Henrique Mandetta, ministro da Saúde, que sugere ao presidente o isolamento social obrigatório como a medida mais eficaz no combate à pandemia do novo Coronavírus. No começo, tudo bem. Mas passados alguns dias trabalhadores informais e parte da burguesia se reúne contra as medidas de Mandetta, incentivados pelo próprio presidente que coloca a Economia à frente da vida das pessoas.
A pequena e média burguesia tentam se enganar negando a pandemia, enquanto os trabalhadores informais são pressionados a lutar por suas próprias vidas exigindo o fim da quarentena.
Dois médicos, atitudes semelhantes e resultados diversos.
Como diria Marx:
"A História se repete a primeira vez como trajedia e a segunda como farsa."
Charge sobre a Revolta da Vacina, de 1904.
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