CRISES FAZEM PARTE DO CAPITALISMO
Crises econômicas, sociais e políticas fazem parte do sistema capitalista e da democracia. Se voltarmos aos idos do século XX, observaremos a primeira grande crise econômica mundial que resultou na quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em outubro daquele ano.
A Primeira Guerra Mundial havia acabado em 1918 e a Europa estava destruída. As cidades da maioria dos países estavam arruinadas e a economia das nações daquele continente também. Além disso, o parque industrial europeu estava em frangalhos. Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos não haviam sido quase atingidos pela Guerra. Estavam em pleno desenvolvimento e sua indústria fornecia produtos para os europeus. Na década de 1920, entretanto, a Europa estava se reconstruindo aos poucos. A Alemanha, a França e a Inglaterra começavam a reorganizar seus parques industriais, bem como alguns países europeus. Foi quando os Estados Unidos gradativamente foram perdendo importância no fornecimento de produtos industrializados à Europa.
Essa situação se refletiu na Bolsa de Valores, local onde se negociam as ações, que são pequenas partes das empresas. As ações também demonstram a crença no futuro e na capacidade de crescimento e desenvolvimento das organizações. As ações da maioria das empresas norte-americanas entrou em colapso com a crise de 1929. No dia 29 de outubro, a segunda-feira negra, houve um debacle geral. A bolsa de valores da cidade chegou ao final do dia aos 13% negativos.
O povo norte-americano, ao contrário do brasileiro, investia muito nesse mercado e muitos ficaram desesperados com a perda, muitas vezes, total do seu patrimônio. Pessoas aglomeravam-se em filas enormes por um prato de sopa, muitos começaram a vender suas propriedades a preços ínfimos, outros ainda, não vendo soluções à vista, se suicidaram.
Entretanto, passados alguns poucos anos, tudo voltaria ao normal. A produção industrial norte-americana se adaptaria às novas condições, a política externa norte-americana deixava de ser isolacionista e os Estados Unidos seriam, a partir de então, protagonistas no cenário internacional.
Os anos 1930 esboçaram um pequeno período de prosperidade, logo interrompido pelo advento da Segunda Grande Guerra em setembro de 1939, com a invasão da Polônia pelos nazistas.
Daí em diante, vimos sempre cenários de prosperidade e crises no sistema capitalista.
Apesar do momento atual ser único na História devido às suas proporções e características (trata-se de uma crise sanitária que resultou numa crise econômica), ele faz parte do mecanismo do sistema capitalista, que é caracterizado por ciclos de prosperidade e crises que se sucedem
Como diria minha saudosa vovozinha:
"Depois da tempestade vem a bonança."
Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, professor da FIAP/SP e consultor.
Filas de trabalhadores e investidores por um prato de comida em Nova York, durante a crise de 1929
Crises econômicas, sociais e políticas fazem parte do sistema capitalista e da democracia. Se voltarmos aos idos do século XX, observaremos a primeira grande crise econômica mundial que resultou na quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em outubro daquele ano.
A Primeira Guerra Mundial havia acabado em 1918 e a Europa estava destruída. As cidades da maioria dos países estavam arruinadas e a economia das nações daquele continente também. Além disso, o parque industrial europeu estava em frangalhos. Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos não haviam sido quase atingidos pela Guerra. Estavam em pleno desenvolvimento e sua indústria fornecia produtos para os europeus. Na década de 1920, entretanto, a Europa estava se reconstruindo aos poucos. A Alemanha, a França e a Inglaterra começavam a reorganizar seus parques industriais, bem como alguns países europeus. Foi quando os Estados Unidos gradativamente foram perdendo importância no fornecimento de produtos industrializados à Europa.
Essa situação se refletiu na Bolsa de Valores, local onde se negociam as ações, que são pequenas partes das empresas. As ações também demonstram a crença no futuro e na capacidade de crescimento e desenvolvimento das organizações. As ações da maioria das empresas norte-americanas entrou em colapso com a crise de 1929. No dia 29 de outubro, a segunda-feira negra, houve um debacle geral. A bolsa de valores da cidade chegou ao final do dia aos 13% negativos.
O povo norte-americano, ao contrário do brasileiro, investia muito nesse mercado e muitos ficaram desesperados com a perda, muitas vezes, total do seu patrimônio. Pessoas aglomeravam-se em filas enormes por um prato de sopa, muitos começaram a vender suas propriedades a preços ínfimos, outros ainda, não vendo soluções à vista, se suicidaram.
Entretanto, passados alguns poucos anos, tudo voltaria ao normal. A produção industrial norte-americana se adaptaria às novas condições, a política externa norte-americana deixava de ser isolacionista e os Estados Unidos seriam, a partir de então, protagonistas no cenário internacional.
Os anos 1930 esboçaram um pequeno período de prosperidade, logo interrompido pelo advento da Segunda Grande Guerra em setembro de 1939, com a invasão da Polônia pelos nazistas.
Daí em diante, vimos sempre cenários de prosperidade e crises no sistema capitalista.
Apesar do momento atual ser único na História devido às suas proporções e características (trata-se de uma crise sanitária que resultou numa crise econômica), ele faz parte do mecanismo do sistema capitalista, que é caracterizado por ciclos de prosperidade e crises que se sucedem
Como diria minha saudosa vovozinha:
"Depois da tempestade vem a bonança."
Ricardo Barros Sayeg é diretor de escola da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, professor da FIAP/SP e consultor.
Filas de trabalhadores e investidores por um prato de comida em Nova York, durante a crise de 1929
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