Zilda
Arns nasceu em Forquilha, Santa Catarina, em 1934. Mãe de cinco filhos e
avó de dez netos, ela era irmã do Cardeal Paulo Evaristo Arns,
Arcebispo Emérito de São Paulo, falecido em 2016.
Foi médica e
escolheu a Saúde Pública como especialidade. Foi secretária da Saúde do
estado do Paraná, compôs também os quadros da Organização Mundial de
Saúde (OMS). Em 1980 foi convidada para coordenar a vacinação Sabin para
combater a primeira epidemia de poliomielite que começou em União da
Vitória (PR) e depois foi extendida para todo o Brasil pelo Ministério
da Saúde.
Em 1983 fundou a Pastoral da Criança junto com Dom Geraldo Majella Agnelo, na época Arcebispo de Londrina e hoje de Salvador.
Na
Pastoral da Criança desenvolveu a metodologia comunitária de
multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais
pobres por meio de práticas simples, porém eficazes de se combater a
desnutrição entre as crianças.
Os voluntários da Pastoral
popularizaram o soro caseiro para combater a desnutrição e a
multimistura, utilizada como complemento alimentar para enfrentar a
mortalidade infantil.
Em 2004, a CNBB convidou Zilda para organizar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa.
Zilda
Arns foi vítima do terremoto ocorrido no Haiti em 2010. Ela morreu com
fama de santidade, tanto que em 2015 foi aberto seu processo de
canonização em Porto Principe, capital daquele país, onde exercia um
importante trabalho social. Atualmente o processo está em fase diocesana
na Arquidiocese de Curitiba, onde Zilda viveu a maior parte de sua
vida.
Quem sabe num futuro próximo tenhamos merecidamente uma nova santa brasileira!
Fonte: Jornal O São Paulo, janeiro de 2020, página 22.
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