Nesses tempos onde divulga-se à meia boca, o caso entre a primeira dama Michele Bolsonaro e o ex-ministro do governo Osmar Terra, saibam que a fofoca é bem antiga na história da humanidade.
Na verdade, desde a Pré-História a fofoca existe e foi necessária para a sobrevivência da humanidade no planeta. Para obter sucesso nos grupos sociais, os homens precisavam saber sobre a vida das outras pessoas e o que elas sabiam fazer. Quem tinha mais informações conhecia a fraquezas dos adversários e sabia tirar vantagem disso.
Na Idade Antiga, Cleópatra, por exemplo, fez circular a fofoca que tinha cometido suicídio. Marco Antônio surpreso e desgostoso com o fato, teria enfiado uma faca em sua própria barriga. Cleópatra, mais tarde acabou realmente se matando, deixando se picar por uma cobra venenosa.
Na Idade Média, a fofoca adquiriu um caráter de válvula de escape, uma forma de resistência contra os poderosos: reis e senhores feudais e suas famílias, bem como membros do clero eram alvo dela.
Elizabeth I foi também vítima de muita fofoca entre os membros da corte da Grã-Bretanha e também do povão, entre 1560 e 1570: "Ela teve um caso?", "Com quem?", "Está grávida?", "Teve um filho ilegítimo?". Boatos assim eram contados toda hora pelos ingleses.
Michelangelo também foi alvo de fofocas. O célebre pintor foi acusado de ter matado um sujeito para estudar a anatomia de seu corpo e, assim, pintar seus quadros com maior perfeição.
Johannes Brahms foi acusado de estrangular gatos para reproduzir seus gritos em trechos de suas sinfonias.
Na França de Luís XVI dizia-se que o rei era impotente, que não era ele o verdadeiro pai do príncipe herdeiro e que isso era uma das causas da decadência da monarquia.
O compositor italiano Antonio Salieri teria envenenado Mozart por ciúmes. Amadeus,na verdade, teria morrido por uma febre reumática,em 1791.
O czar Nicolau II também foi alvo dos fofoqueiros de plantão. Na sua época havia vários boatos sobre orgias realizadas por ele com a dama de companhia da czarina Alexandra e Rasputin, conselheiro do rei.
Alguns, entretanto, se beneficiaram das mentiras. Um caso clássico é o de Mussolini,líder fascista da Itália, que foi tido como aquele que recuperou o sistema ferroviário de seu país, quando na verdade o transporte ferroviário havia sido aprimorado por seus antecessores.
Durante as duas guerras mundiais e outras que as sucederam, as fofocas e as mentiras (hoje conhecidas como fake news) foram amplamente utilizadas.
Hoje o colunismo social vive disso. Existem revistas, emissoras de rádio e TV e até sites da internet especializados em fofocas.
Hoje a fofoca é uma forma de ganhar dinheiro! Muito dinheiro!
Fontes: GAIARSA, José Ângelo. Tratado Geral Sobre a Fofoca. São Paulo: Summus, 1978
www.aventurasdahistoria.uol.com.br, acessado em 03.03.2020 às 18h35
Na verdade, desde a Pré-História a fofoca existe e foi necessária para a sobrevivência da humanidade no planeta. Para obter sucesso nos grupos sociais, os homens precisavam saber sobre a vida das outras pessoas e o que elas sabiam fazer. Quem tinha mais informações conhecia a fraquezas dos adversários e sabia tirar vantagem disso.
Na Idade Antiga, Cleópatra, por exemplo, fez circular a fofoca que tinha cometido suicídio. Marco Antônio surpreso e desgostoso com o fato, teria enfiado uma faca em sua própria barriga. Cleópatra, mais tarde acabou realmente se matando, deixando se picar por uma cobra venenosa.
Na Idade Média, a fofoca adquiriu um caráter de válvula de escape, uma forma de resistência contra os poderosos: reis e senhores feudais e suas famílias, bem como membros do clero eram alvo dela.
Elizabeth I foi também vítima de muita fofoca entre os membros da corte da Grã-Bretanha e também do povão, entre 1560 e 1570: "Ela teve um caso?", "Com quem?", "Está grávida?", "Teve um filho ilegítimo?". Boatos assim eram contados toda hora pelos ingleses.
Michelangelo também foi alvo de fofocas. O célebre pintor foi acusado de ter matado um sujeito para estudar a anatomia de seu corpo e, assim, pintar seus quadros com maior perfeição.
Johannes Brahms foi acusado de estrangular gatos para reproduzir seus gritos em trechos de suas sinfonias.
Na França de Luís XVI dizia-se que o rei era impotente, que não era ele o verdadeiro pai do príncipe herdeiro e que isso era uma das causas da decadência da monarquia.
O compositor italiano Antonio Salieri teria envenenado Mozart por ciúmes. Amadeus,na verdade, teria morrido por uma febre reumática,em 1791.
O czar Nicolau II também foi alvo dos fofoqueiros de plantão. Na sua época havia vários boatos sobre orgias realizadas por ele com a dama de companhia da czarina Alexandra e Rasputin, conselheiro do rei.
Alguns, entretanto, se beneficiaram das mentiras. Um caso clássico é o de Mussolini,líder fascista da Itália, que foi tido como aquele que recuperou o sistema ferroviário de seu país, quando na verdade o transporte ferroviário havia sido aprimorado por seus antecessores.
Durante as duas guerras mundiais e outras que as sucederam, as fofocas e as mentiras (hoje conhecidas como fake news) foram amplamente utilizadas.
Hoje o colunismo social vive disso. Existem revistas, emissoras de rádio e TV e até sites da internet especializados em fofocas.
Hoje a fofoca é uma forma de ganhar dinheiro! Muito dinheiro!
Fontes: GAIARSA, José Ângelo. Tratado Geral Sobre a Fofoca. São Paulo: Summus, 1978
www.aventurasdahistoria.uol.com.br, acessado em 03.03.2020 às 18h35
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